domingo, 11 de julho de 2010

18 decepções.

-Feliz aniversário - disse minha mãe as 07:56 da manhã do dia 7 de abril de 2010, enfim 18 anos, tudo andava nos mais tímidos sorrisos e agradecimentos, coisas normais, falas normais, pessoas normais. Passo o dia falando besteiras e afirmando direitos de aniversariante como não lavar a louça do almoço, etc... coisas que não significam nada realmente. A noite cai. Hora de ir pra cama, deito na cama, fecho meu olhos e paro pra pensar um pouco, pensar em tudo, pensar na vida, pensar em nada. Quando abro os olhos me desespero, e esse desespero vem em forma de lágrimas, lágrimas doídas que teimam em cair, para uma pessoa orgulhosa como eu, chorar sem que eu reconheça o motivo é sinal de fraqueza e eu não curto isso, enfim, chorei. Chorei e falei a mim mesma:
-Roberta, você conseguiu a proeza de chegar aos dezoito anos sem ter conquistado uma amizade verdadeira! E olhando para minhas mãos lembro que quantas pessoas já conheci, nos lugares que já morei, e pelos ônibus que viajei, sempre tive facilidade em fazer amigos, talvez por eu ser a única pessoa que eu conheço que se importa com os outros realmente, eu nunca peço algo que realmente eu não esteja interessada. Se torna curioso pois as pessoas que conheço que moram longe, cerca de 300 Km de distância, ainda converso, já aquelas que não passam de 5, 6 Km de distância, nunca mais falei. Fico angustiada, e me pergunto o porque, qual a razão disso acontecer comigo, pois até a pior pessoas do mundo, a mais falsa, posssui um amigo de verdade, e nessa hora parece que ninguém é sozinho, a não ser eu. Começo a pensar que nada mais fará sentido em minha vida, penso em desistir até de viver, porém há o outro lado da moeda, ou, outro lado da amizade onde as falsidades e competições secretas me enchem os olhos e passam a estrovar minha saliva que desce pela garganta, deve ser por isso, pelo fato de não suportar certas atitudes falsitárias que em afasto naturalmente, parece uma lei em minha vida, moral da história, estou sempre sozinha.
E por mais que pessoas consideradas mais que especiais digam que nunca me deixarão, num tipo de comprometimento, como selando um pacto, quando realmente precisamos elas evaporam, elas somem, elas tem outros ideais, elas tem outras preocupações, outros compromissos, outras diversões, outras pessoas que nem sequer conhecem e mesmo assim já as dão um lugar especial para ocupar, um lugar que antigamente poderia ser meu, e eu, por mais que eu tente, eu não aceito isso. Quando eu prometo nunca deixar eu cuido, no mais sigilo e indescobrível lugar, eu estarei lá olhando por você. Sempre, acostumada, aliada da solidão.

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