sábado, 31 de outubro de 2009

Puramente um desejo.

Quando não se espera ser amado, o sexo se torna uma experiência puramente fisica. Seus prazeres, suas sensações fisicas e emocionais e sua pura liberação energètica funcionam como uma fuga da prisão de solidão e completa rejeição do mundo heterossexual. A vaga experiência de ser desejado, mesmo sendo sò sexualmente, torna-se uma validação da vida. Ser desejado se torna um motivo para continuar a viver. Porèm, o toque sexual, como jà foi definido, se torna um antìdoto para o isolamento existencial que se estabelece nos ossos e no sangue de tantos homens gays.

(Taking Woostock)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um estranho educado.

Escrevo para preencher a falta de dialogo. Não escrevo para agradar e nem trato bem as palavras. Escolho-as, embaralho-as, jogo-as para cima e, num golpe, caem exatamente nos lugares errados, me satisfazendo interiormente.
Um tipo incomum de pessoa, psicologicamente falando, aquela que se põe em primeiro lugar, mas renuncia ao outro na possibilidade de infelicidade. A confusa e simples relatividade humana.
Não escrevo com palavras de esperança, nem dando sutis cutucadas, escrevo do jeito que vivo atropelante maltrapilho indignado, inconformado. Errante critíco e de convivência insuportável, escrevo no presente, juntando e contemplando o passado e analisando um possível futuro, critico comportamentos e modos de pensar como se eu fosse nesse meio a que mais entende, sim, isso é fruto de um egocentrismo exagerado.
Palavras, uso as mais fortes, as que causam mais impacto, as que não se complementam, as que menos fazem sentido, aquelas que só confundem a cabeça.
Escrevo no amanhecer, ao meio dia e quando anoitece. Escrevo logo após os fios da mente se chocarem e causarem uma pequena explosão, não escrevo com o coração, faço pouco uso da emoção, minha parceira, amiga e confidente, a caixinha da razão.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

realmente importa-lhe algo?

não sei, apenas observo. Não disse enxergo, disse observo. E vejo. O que eu vejo? o que vejo são cachimbos mexicanos lutando com robôs cor-de-rosa; eisso me irrita; já fui passageiro desta ambulância dirigida por um padre não pedófilo o que atualmente é raro, mas isso aconteceu lá por 7 a.G.; o sabor metálico das nuvens; e aquele filme do papai noel em marte que acaba se tornando um suicida, engraçado. mas... você, quer realmente se arriscar a meter seu pobre cérebro na linha de fogo desses psicopatas e entrar num universo biruta? quer? golpes de insanidade e criatividade maníaca dum modo maravilhoso? construa um monumento psycho-freak, derivado duma cena alternativa americana, sim, cópia, afinal, suas idéias não correspondem a realidade, cuidado, as coisas mudaram, ou não, a partir dos anos sessenta há uma história relevante, excitante, que faz sua cabeça rodar, por um momento, feche os olhos e enxergue, o que ninguém vê, sinta a energia ao seu redor, então, não mais recusará, instintos libertos, talvez esses meus lampejos de sabedoria tenham me atrapalhado um bocado; andando pelos descombros, restante, deste país das maravilhas sônicas que a alice não conheceu, ao mesmo tempo que é um teatro multi-mídia esplêndido orquestrado por um malucão que é dos seres mais sábios do roquenrôu; piso no céu, comtemplo gramas; adepta a adrenalina; é de pirar, sentir acelerar o coração; mais ruidosos que deus, pequenos queijos azuis; blues rock garageiro; empolgante pra diabo.

e.. caramba, um pouco de loucura não faz mal a ninguém, especialmente quando entregue em cápsulas sônicas tão docinhas, e que descem pela garganta dum jeito tão suave, dando um barato tão bacana...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

havia feito.

(...) era engraçado. Tudo o que eu havia feito era cantar canções totalmente sinceras e que expressavam novas realidades poderosas(...), não estava vociferando as opiniões de ninguém (...), meu destino assentava-se na estrada com o que quer que a vida trouxesse, não tinha nada a ver com representar qualquer tipo de civilização. Ser verdadeiro consigo mesmo, esse era o meu lance. - Bob Dylan

ao róquenrou.

O woodstock marcou, do seu jeito, uma das grandes idealizações dos nossos tempos, a de que havia a chance de mudar para melhor, que o mundo poderia acompanhar o ideal da flor e do amor em um crescendo de contracultura positivista. Mas apesar da beleza do feito, o mundo não mudou, ele só viu o fenômeno e prosseguiu como era antes no quartel de Abrantes. Mentir e acreditar na flor dá no mesmo. São frases de efeito. Talvez as pessoas fossem mais ingênuas, provavelmente eram. Escolhemos sair bonitos na foto. Humano, meramente humano.

sábado, 3 de outubro de 2009

Apenas uma base.

Eu sou o medo. Eu sou o desejo.
A partir do momento que você descobre que aquilo ao qual você se apoiava, seja um pilar qualquer, não vale nada e não vai te reerguer quando você mais precisar, você desmorona você perde o chão, seus membros caem, e aquilo que pensavas estar correto (uma questão de ideias a serem discuridas) não deve sair de uma discussão de amigos marxistas de plantão numa mesa de bar, caso contrario você não havia de querer bater de frente com os poderosos capitães, isso seria como pedir para levar uma rasteira, cavar seu próprio buraco.
É tão certo quanto você levanta de manhã para com suas mãos e todo seu desprezo ajudar a mover a economia, responsável pela desigualdade que você tanto critica, mas que lhe da de comer. Nada mais almejo que fundamento, discernimento, ter uma base para ir adiante.