domingo, 29 de novembro de 2009

como diz a letra.

ou trem você vai demorar
to tão cansado onde é meu lar
to aqui, onde não pertenço
sem dinheiro, para o telefone
o jeito é esperar às nove e vinte
aqui sentado, só na minha
ou trem você vai demorar
to tão cansado onde é meu lar..

o povo envolta, não sabe o meu nome
foi minha escolha, é verdade.
estar aqui no meio do blues, no meio do nada onde é meu lar
eu acredito em mim como homem
mas as veses eu queria que voce estivesse aqui baby
com esses meus ups and downs, eu carregaria sua mala
você me daria sua mão, navegariamos numa sleeping back..

-esta música me faz ficar calma, soltar a voz, e permanecer em êxtase.
não tanto - como diz a letra -, pela espera de alguém, mas pelo som que vem do trem.

is true.

é verdade que saudade rima com verdade?
por que se não existir a verdade
o que será da saudade?
os amigos nada diriam
os amantes nada sentiriam
os poemas perderiam o sentido
por que se não existisse a saudade
o que seria da verdade?

Ao som de Tuatha de Danann - Finganforn

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

danann de tuatha

Nós amamos as árvores, amamos os ratos
Nós beijamos as raízes, nós amamos a terra
Nós amamos os lagos e rolamos na areia
Mas eles não conseguem entender isso porque
Eles só pensam em si mesmos, o resto é esquecido
Suas coisas são feitas e sobre outros, constroem seu orgulho
Nossas vidas são incomodadas
Esquecendo os antigos...
é, o Brasil me causa medo.

sábado, 21 de novembro de 2009

eu não bebo.

Meu mundo interno começa a girar, tudo perde o chão, as coisas flutuam e tudo está em harmonia, sintonia. Sinto uma paz imensa, ergo meu braço e ele cai num golpe pesado e enformigado. O piscar de meus olhos também estão pesados, pareço força-los instantaneamente para poder lubrificá-los, me sinto bem mesmo assim. Passo a língua nos dentes e sinto o gosto de pasta dental, mas esse não é o mesmo gosto de antes.
Talvez se eu curtisse mais, me envolve-se mais, mas não sei o que tenho. Seria pior. Sinto-me ao mesmo tempo nos quatro lugares que devo estar no mês de dezembro, suas datas intercaladas me cansam e minha escassa paciência se esgota.
Cada pedaço da aula de história me faz sentir falta da filosofia, na discussão, eu curto isso.
De que adiantaria eu ir no aulão de inglês se moro no Brasil? mas, esqueci de um detalhe(e que detalhe)o de que somos escravos do governo. Mas dizem os livros por aí que o escravismo já acabou, não? Deixa pra lá. Me sinto despreparada, mas nem sei pra que essa tal de preparação serve. Me sinto também desanimada, creio que isso prejudique minha auto-estima. Sinto-me também desinteressada, e isso me assombra. Durmo com a sensação de que nada adiantaria eu abrir os olhos na manhã seguinte. Nem a luz do dia me atrai mais, mas o entardecer sim.
Num piscar e meu celular dá um sinal, é, deve ser o cérebro. Eu gosto do cérebro, ele sempre me intima para nossas aventuras de querer, tentar dominar o mundo. E eu curto isso esqueço das analises um pouco, e isso me faz bem.
Ainda existe neste mundo pessoas que gostam de outras, aquela vontade insaciável, mistura de gestos e cheiros que compõem um arco de afinidade sem igual, sim, eu lhe amo-lhe, mas é que isto está tão vulgarizado por estas insuportáveis patricinhas e seus namorados - garotos propaganda de marcas famosas - e de suas traições as avessas. A ressaca está dando sinal de lucidez, meus olhos se erguem com menos empenho. Meu corpo gira sem querer nenhum tipo de manutenção. Me tirem daqui, eu não aguento mais. Mas, talvez, sair não seja o melhor.

17-11-09
Sigo, assim como a sola da mão e a palma do pé.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Salvar como rascunho.

Pela primeira vez escrevo algo direto nesta página denominada betina trontína. Não sei se alguém terá coragem de ler isso, mas, avante.
Eu não sei bem, se as coisas que a gente sente deveriam ser demonstradas ou não.. se elas são psicológicas ou não, racionais ou não, influenciadas ou não, enfim.
Não sei o por que da minha existência e isso me atormenta. Quem sabe não deveria pensar muito, seria melhor, bem melhor, ou talvez, não. Mas foda-se, o psicodália é daqui 45 dias e estou empolgada e intrigada com algo... se você não faz algo - mesmo tendo consciência do que esta fazendo e do quando aquilo lhe faz bem -, para não se desentender com outrem, deixando assim a paz e a harmonia reinar sobre vossas cabeças, mas, este outrem ao qual você não gostaria de se indiferenciar faz o algo que lhe irrita, reparavelmente irritada você segue e encontra conforto nas velharias de seu computador, se alivia com um bom alongamento e relaxamento corporal e mesmo assim aquilo parece estar grudado com silicone - feito azulejo de piscina, e desgrudar que seria de bom agrado, nada. Aí, uma luz se abre no fundo do túnel como em um final de filme romântico, não ela não veio para lhe salvar e nem lhe dar todas as respostas possíveis que tranquilizariam sua mente. E ela se apaga, em instantes tudo volta ao normal, mas será que o que estou sentindo pode ser considerado normal? sem mais perguntas, a luz só veio até você para deixar a mensagem de que o mundo não para só para você pensar.

Ao som de Ring of Fire - A.

domingo, 8 de novembro de 2009

filtro dos sonhos.

Estava eu no banho a pensar como seria o banho do futuro, você lá todo peladão se banhando em águas artificialmente produzidas (acho meio difícil, mas com o desperdício e o não sucesso da dessalinificação das águas marítimas, o jeito será esse) e bararí barará e pá, desliga o chuveiro que passará a ser chamado por outro nome - mas que não passou pela minha mente algo -, se remexe fazendo cair on pingos de água em excesso e putz, esqueci de pegar minha toalha, ai você abre o box que também, no futuro terá outro nome, pega seu comunicadorzinho residencial e chama por alguém que esteja próximo que irá atendê-lo, isso em qualquer lugar da casa, pois em cada cômodo tem um comunicador, então, você pede por sua toalha aí o alguém que o atendeu irá mandar pelos cabos de conexões deslizantes ultra divisões fazendo-o deslizar até o banheiro - que também terá outro nome no futuro -, por meio deste cabo que possui uma entrada minúscula em cada divisão, chegando próximo as suas mãos - que não mudará de nome no futuro -, e aí está! sua toalha fofinha, e sequinha ao seu alcance...

P.S - não quero viver nesse futuro, amo o interior.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Quase um hino de virada.

Arrogância e ambição são a lâmina da espada.
A desigualdade e a miséria escorrem como sangue de nossas mentes decaptadas.
A cultura é o amuleto contra o feitiço televisivo.
Não acreditem em tudo o que ela diz.
Pois a espada do feiticeiro é brilhante porém muito afiada.
Não adianta você reclamar.
Levante a sua bandeira e lute pelo que você acredita.
(Feitiço - O Sebbo)

Música para embalar os sonhos de paz dos psicodalienses da virada.

Rede Globo, tudo a ver com a ditadura.

A construção do silêncio.

Analisando os tempos de repressão entre 64 a 85 não é muito difícil obtermos a ligação da ditadura militar com a Rede Globo, com o mínimo de bom senso podemos então entender toda a construção e a manipulação das barreiras de informações por ela imposta como forma de agradar um governo inútil com uma infraestrutura invejável e com propostas atentadoras de uma suposta submissão ao governo - o que mais tarde se reverteria. Tendo por objetivo imutável fazer chegar ao povo modelos de sociedade e de cidadãos baseado numa modernização autoritária - coronelismo, associado ao capitalismo internacional como forma de integração nacional geopolítica e tendo no consumo a base de sua sustentação; portanto necessita de constantes justificativas para que possa convencer o povo do que a Rede considera correto e não o que de fato é correto. E necessário. Suas reportagens são construídas com tijolos, onde os sons remetem ao silêncio, um cala a boca povão. Claro que se comparando as coberturas jornalísticas feitas do período de ditadura às de hoje, melhoraram muito na questão de informar, mas ainda é um assunto delicado, desgostoso, revoltante.